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                   Foto  e parte da biografia: 
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                  ENRIQUE BALDIVIESO 
                  ( Bolívia ) 
                  Enrique  Baldivieso Aparicio (nascido em 1902 em Tupiza, m. 1957) serviu como  vice-presidente da Bolívia de 1938 a 1939, durante a presidência de Germán  Busch .  Ele foi eleito para o cargo por  um mandato de quatro anos pela Convenção Nacional de 1938 , que então atuava como  legislatura unicameral da Bolívia. 
                  Brilhante  intelectual, vibrante personalidade.  
                  Escritor,  catedrático. Foi vice-presidente da república. Foi membro ddo Ateneo de la  Juventud, grupo importante na cultura do país. Também autor de obras de teatro  e de estudos sobre o direito internacional. 
                    
                  TEXTO EN ESPAÑOL – TEXTO EM  PORTUGUÊS 
                    
                  
                  BEDREGAL, Yolanda.  Antología de la poesia boliviana. La Paz: Editorial Los Amigos del Libro, 1977.  627 p.   13,5x19 cm.   
                                                                               Ex. bibl. Antonio Miranda 
                    
                  SONATINA (A LA MANERA DE DARIO) 
                     
                    La indiecita está triste…  ¿Qué tendrá la indiecita? 
                      En el silencio enorme de la pampa infinita 
                      se yergue con el gesto de la desolación. 
                      La indiecita está triste…  Acaso su alma  obscura 
                      se sume en el recuerdo de una vieja ventura 
                      y se abisma en la calma de una honda evocación. 
   
                      El  llano se adormece…  En el silencio leve 
                      la montaña se eleva como un titán de nieve, 
                      y es, en su paz ciclópea, una interrogación… 
                      La indiecita está pálida…   Tal vez va  por la senda 
                      tejiendo con sus sueños la red de una leyenda 
                      tan vaga, que parece la flor de una ilusión. 
   
                      ¿Piensa acaso en el Inca  Manco Capac que un día 
                        creara un país de Ensueño, de Paz y de Alegría 
                        besado por las ondas de un lago de zafir? 
  ¿O acaso em Atahuallpa, gallardo, estoico y fiero, 
    heroico en la tortura del yugo aventurero, 
    y que supo, sonriendo, perdonar y morir? 
   
    En  la pampa desierta se diluye el "kaluyo" 
    como un último eco del gran Tihauntinsuyo… 
    En la nieve palpita un beso tornasol. 
    Y mientras en su triste serenidad, la "quena" 
    evoca un Monarca caído, se oculta, mustio, el Sol. 
   
    La  indiecita está triste…  Se aleja por la  ruta 
    con sus ojos de noche, su boca de "kantuta". 
    erguida, con el gesto de la desolación. 
    El llano se adormece…   en el silencio  leve, 
    la montaña se eleva como un titán de nieve, 
    y es, en su paz ciclópea, una interrogación… 
                    
                    
                  TEXTO EM PORTUGUÊS 
                    Tradução livre  de ANTONIO MIRANDA 
                    
                  SONATINA (À MANEIRA DE DARIO) 
                     
                    A  indiazinha está triste…  Que terá a indiazinha? 
                      No silêncio enorme do pampa infinito 
                      ergue-se com o gesto da desolação. 
                      A indiazinha está triste…  Por  acaso sua alma obscura 
                        se una na lembrança de uma velha ventura 
                        e se abisma na calma de uma profunda evocação. 
   
                        A planície adormece…  No  silêncio leve 
                          a montanha se eleva como um titã de neve, 
                          e é, em sua paz ciclópica, uma interrogação… 
                          A indiazinha está pálida…   Talvez vá pela  senda 
                          tecendo com seus sonhos a rede de uma lenda 
                          tão vaga, que parece a flor de uma ilusão. 
   
                          Pensa por acaso no Inca  Manco Capac que um dia 
                            criou un país da Fantasia, de Paz y de Alegria 
                            beijado pelas ondas de um lago de safira? 
                            Ou por acaso em Atahuallpa, galhardo, estoico y fero, 
                            heroico na tortura do jugo aventureiro, 
                            e que soube, sorrindo, perdoar e morrer? 
   
                            No  pampa deserto se dilui o  "kaluyo"(*1) 
                              como um último eco del grande  Tihauntinsuyo…(*2) 
                                Na neve palpita um beijo tornassol. 
                                E enquanto em sua triste serenidade, a flauta 
                                evoca um Monarca caído, se oculta, homem negro, o Sol. 
   
                                A indiazinha está  triste…  Afasta-se pela ruta 
                                  com seus olhos de noite, sua boca de "kantuta"(*3). 
  erguida, com o gesto  da desolação. 
  A planície adormece…   no silencio leve, 
    a montanha se eleva como un titã de neve, 
    e é, em sua paz ciclópica, uma interrogação… 
                    
                    
                  (*1)  Estrada Antiga para Santa Cruz, Desvio a  Tarata Km. 4 - Zona Kaluyo,  Cochabamba Bolívia. 
                  (*2)  Significa o reino das quatro regiões ou das quatro divisões. Era o nome dado ao  antigo Império Inca. 
                  (  *3) A Cantuta ou Kantuta é uma flor do altiplano andino que  possui as mesmas cores da bandeira da Bolívia.  
                    
                  * 
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                  http://www.antoniomiranda.com.br/Iberoamerica/bolivia/bolivia.html  
                    
                  Página publicada em julho de 2022 
                
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